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Archive for outubro \31\+02:00 2009

panellets

Fotos Anamaria Rossi

A crônica de hoje, lá no Blog do Noblat, é sobre panellets, os docinhos de amêndoas que se converteram em verdadeiro símbolo de resistência da nação catalã. Dê uma olhada , acho que você vai gostar. Ou aqui, na seção Cartas de Barcelona.

Mas é claro que eu não sou maluca a ponto de colocar receita no Blog do Noblat, né? A receita dos panellets é um segredo guardado a sete chaves e exclusiva para os leitores deste modestíssimo blog. Mais uma contribuição de Doñana para o repertório gastronômico do mundo mundial brasileiro.

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Panellets

A base dos docinhos é o marzipã cru. Você pode fazer panellets de diferentes tipos com a mesma base. Neste caso, faça uma receita de marzipã, divida em três partes iguais e prepare cada terço conforme Doñana nos ensina. Ou invente seu próprio recheio, para ficar mais divertido.

1 – Marzipã cru (base)

  • Misture 1 quilo de amêndoas moídas (nem muito grossa nem muito fina) com 500 gramas de açúcar.
  • Junte seis ovos (se preferir, use só as claras, mas acrescente mais duas; sem as gemas, a massa ficará um pouco mais seca).
  • Misture com as mãos sem amassar muito. A massa deve ficar meio pegajosa.
  • Embrulhe em filme e reserve.

2 – Montagem

Panellets de piñones (pignolis italianos)

  • Separe 1/3 da massa e enrole com as mãos sobre uma superfície lisa, fazendo uma tira roliça como se fosse cortar nhoques grandes.
  • Corte pedaços de aproximadamente 14 gramas (mal e porcamente falando, seriam cubinhos quadrados de no máximo 2 cm de cada lado). Faça bolinhas com eles.
  • Numa tigela, umedeça levemente um punhado de piñones em gema de ovo, encha a mão com essa mistura e enrole nela cada bolinha, apertando um pouco para os piñones aderirem à massa.

Dica: como os piñones no Brasil são raros e caros, Doñana sugere usar castanha do Pará em grão. Eu acho que funciona.

Panellets de amêndoa

  • O procedimento é o mesmo, com três diferenças:
  • Ao invés de bolinhas, você fará meias-luas.
  • As meias-luas devem ter um pouco mais de massa que as bolinhas, cerca de 18g (uma meia-lua de 1 cm de espessura por 6 ou 7 de comprimento, em média).
  • No lugar dos piñones, você usará amêndoas em grão para cobri-las, umedecidas em gema de ovo (aqui também vale usar castanha do Pará).

Panellets de marmelada

  • Com o último terço de massa, faça bolinhas de 18g, recheie com cubinhos de marmelada (ou goiabada), feche-as e passe pelo açúcar (de preferência açúcar cristal).
  • Depois de dispor as bolinhas na forma, faça covinhas na parte superior e preencha com uma colherinha da seguinte mistura: um limão de casca clara, batido inteiro (sem sementes) no liquidificador com açúcar cristal em quantidade equivalente ao peso do limão; bata somente até triturar, sem deixar virar um suco. Você não imagina como o resultado é espetacular!

Aula

3 – Como assar

  • Se você tiver um silpat, aquele tapetinho de silicone para forrar formas, use-o como base, e neste caso não precisa untar. Com o silpat os docinhos não correm o risco de ficar com a base tostada.
  • Se não tiver, prefira uma forma não muito fina e unte-a com manteiga ou cubra-a com papel manteiga.
  • Disponha os panellets a uma distância de 2 cm para que assem por igual.
  • Leve ao forno pré-aquecido a no mínimo 220 graus. Deixe por cinco minutos ou até que os panellets fiquem dourados. Retire do forno e deixe esfriar antes de desenformar.
  • O forno deve estar realmente quente, senão os docinhos não terão o efeito “crocante por fora, molhadinho por dentro”.
  • Não saia do lado do forno, porque eles assam muito rápido!

4 – Como servir

A tradição catalã é servir panellets numa grande festa – familiar ou comunitária – celebrada no Dia de Todos os Santos, e também em homenagem aos antepassados no Dia de Finados. São acompanhados de vinho moscatel ou cava, espumante típico da Espanha.

Se Doñana não me censurar, quando eu voltar para o Brasil pretendo servi-los com chá, café, espumante e até vinho do Porto… Huuummm, deve ficar uma delícia com vinho do Porto! E sem dia marcado, porque afinal não sou catalã. Ainda.


Mesa1

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“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.”

(Clarice Lispector, em Perto do Coração Selvagem)

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Grácia

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Coloquei o vestido vermelho e me lembrei de você dizendo que eu estava bonita enquanto media a temperatura da minha xícara de chá.

Hoje era dia de tomar conhaque, mas não. Estou longe e faz frio.

Procuro uma voz conhecida no meio da algazarra que chega pela janela. Faz silêncio em mim.

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Montjuic

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Tanto chão pisado, onde estou? Onde se esqueceu aquela que eu fui? Que nome tem, que sonhos sonhará agora?

“Leve a mochila vazia.”  Mas nem o coração?  “Vazia”.

As runas… o tempo.

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Cuitadella_CeciGervaso

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Hoje era dia de pintar um quadro, mas não. Tenho apenas o olhar, e estou nua.

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E tem dias em que ele fica apertado…

 

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… encontrei hoje nosso arquiteto de sonhos ali na esquina da Laietana com a Princesa, a mesma de três dias atrás, como se nada tivesse mudado no tempo e no espaço. Na verdade, algo mudou: sua maleta agora tem novas cores, as de uma aquarela recém incorporada ao seu instrumental onírico.

arquiteto_de_sonhos

Fotos Anamaria Rossi

Fui repreendida pelo olhar duro de uma jovem catalã assim que acabei de fazer o clic. Imaginei que ela me censurasse por pensar que havia sido enquadrada na foto, e lhe mostrei no visor da câmera: Veja, não foi você que eu fotografei, foi ele. Ela me lançou um olhar ainda mais duro. Entendi que me censurava por registrar cena tão degradante.

Saí dali meio tonta com a bronca, mas assim que recuperei o fôlego quis voltar e perguntar à moça se a realidade a incomodava tanto a ponto de termos que fingir sua inexistência nos postais de Barcelona. Mas quando olhei para trás ela já tinha sumido no meio da multidão.

Segui me embrenhando pelo labirinto de ruelas da Cidade Velha, prestando mais atenção nas esquinas do que nunca.

esquina1

Num cruzamento torto do antigo gueto judeu, mulheres de várias nacionalidades organizam a fila de carrinhos em frente ao que parece ser uma instituição de assistência social, à espera de enchê-los de mantimentos.

esquina2

Mais adiante, já perto da Rambla que limita o Bairro Gótico e o Raval, é a luz outonal quem eu encontro cruzando uma esquina elegante.

esquina3_anamariarossi

Antes que o sol se recolha, ainda consigo clicar uma das esquinas mais movimentadas do Raval, a do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (Macba), sempre coalhada de jovens de todas as tribos, com ou sem luz do sol.

A cada dia me convenço um pouco mais de que são as contradições, as diferenças, os extremos que fazem de Barcelona uma cidade tão encantadora e real.

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Foto Anamaria Rossi

Procurava um poema de Fernando Pessoa na rede quando me deparei com esta pequena pérola portuguesa:

“Manual de sobrevivência para INOVs que tenham sido enviados sozinhos para um país – colectânea de conselhos recolhidos nestes últimos dias:

  1. Não ficar por casa! Abrir o mapa e sair à descoberta;
  2. Se for preciso sair sozinho, sair;
  3. Fazer muita pesquisa! Net, blogs com a palavra chave do nosso país, fóruns, etc… Arranjar contactos;
  4. Procurar a associação de imigras cá do sítio para ter onde comer pastéis de bacalhau e ver jogos de futebol;
  5. Pesquisar qual o bar mais internacional cá do sítio, ir sair à noite sozinho e depois começar a meter conversa à papo-seco com a malta que anda por lá;
  6. Não deixar passar uma única pessoa que fale portugês sem meter conversa. Ou espanhol, italiano, francês, grego…
  7. Quando encontrar uma pessoa no meio da rua com um mapa na mão e um ar perdido, meter conversa – essa pessoa está no mesmo estado de desespero que nós;
  8. Método sanguessuga – Ficar muito amigo de um local e ganhar confiança para que essa pessoa nos apresente à malta toda;
  9. Comprar um autocolante com a bandeira de Portugal e colar na mala;
  10. Método sueco (não sei se recomendo): entrar em aulas de dança latina ou tango só para poder tocar em pessoas – não estou a brincar, é verdade, estes gajos são doidos!
  11. Definitivamente não andar a comprar coisas só para poder conversar um bocadinho com as pessoas da loja! Palavras de quem já andou a estoirar orçamento sem sentido nenhum! Não vale a pena!!!
  12. Manter sempre um sorriso!”

A autora é uma portuguesinha fofa chamada Lígia, 24 anos, integrante da grande tribo dos malucos que seguem o caminho dos sonhos onde quer que eles levem – e geralmente levam para bem longe. Tal qual João e Maria seguindo as migalhas pela floresta. Vive em Malmo e escreve lindamente sobre suas descobertas mundo afora no blog Perdida na Suécia … começou na Suécia…

Isso é tudo o que sei de Lígia. Não a conheço, nunca a vi, não faço a mínima idéia de que cor estão os seus cabelos. Mas já gosto dela. Pretendo gastar várias horas dos próximos dias vasculhando seu delicioso caderninho eletrônico de viagem.

Se o mundo é feito de esquinas, por que não parar vez ou outra numa delas, olhar para os lados, puxar conversa com alguém que espera o sinal abrir? Estamos na estrada – eu, Lígia, João, Maria, uma multidão de malucos. E a estrada é só isso: uma sucessão de encontros (e desencontros) nas esquinas, sejam elas reais ou virtuais.

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Foto Anamaria Rossi

Foto Anamaria Rossi

Eu juro que pensava em escrever hoje sobre os deliciosos panallets que Doñana trouxe para nosso chá das quartas-feiras (prometo voltar para contar depois, com receita e tudo). Mas ainda agora, começando a escrever, recebi um email tão lindo, mas tão lindo, de um amigo muito querido e muito distante, que mudei de idéia.

Se eu soubesse dizer certas coisas, falaria de como a vida trabalha em silêncio para promover certos encontros. De como uma criatura pode dar voltas e voltas sem saber direito aonde os caminhos querem levá-la até que um dia – plim! – esbarra numa esquina da vida com outra criatura cuja simples existência faz todo o caminho ganhar sentido. Por menos que os caminhos dessas duas criaturas sigam juntos.

Porque há pessoas que vêem mas não enxergam. Porque não sabem, não podem ou não querem enxergar. Olham para o outro mas só conseguem reconhecer seu próprio reflexo. Escutam o outro mas raramente ouvem além da própria fala. E muitas têm mesmo a habilidade de fazer o outro acreditar que está sendo reconhecido. Nesta categoria suspeito que nos incluímos a maioria de nós, pobres mortais.

Mas existem também os iluminados. Não sei de que são feitos seus olhos nem que diferença tem seus ouvidos dos nossos, mas sei que em suas veias corre um sangue mestiço de muitas gentes, e sua sensibilidade é de uma natureza capaz de irmaná-los ao mais mortal de seus inimigos.

São essas pessoas que dão sentido à vida. Quando elas olham para você, você existe. Aquilo em que elas tocam deixa para sempre o reino da banalidade. Seus ouvidos ouvem, seus olhos enxergam, e para elas a riqueza é feita de diferenças. Passam como uma tempestade benfazeja, uma ventania, um rio caudaloso, arrastando os troncos podres e limpando a terra para o sol que virá.

Quando olho para trás e percebo como a vida me levou por caminhos diferentes dos que eu pensava trilhar – quando ainda acreditava ser possível traçar caminhos -, penso em como seria triste se não fosse assim. Eu talvez não tivesse encontrado, pelos caminhos que não tracei, pessoas imprescindíveis como o meu amigo.

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Fotos Anamaria Rossi

Fotos Anamaria Rossi

“Nunca vi nada tão perfeito!” É Doñana já abrindo minha geladeira em busca de uma Coca Zero. Ela falava dos ovos – duros, moles, poché e fritos – preparados pelo professor na aula de ontem. “Agora posso dizer que não sei cozinhar um ovo!”

A coitada não logrou mais que 50% de êxito nas duas horas que passou na aula de hoje tentando imitar o Chef. Talvez por isso tenha me obrigado a passar todo o nosso encontro repassando os ensinamentos – haja Coca Light!

Ovos cozidos com casca  Los huevos de Doñana_antes

  • Os ovos devem ser frescos, senão dá tudo errado.
  • A água deve ter sal (descoberta número 1: o ovo é poroso!) e vinagre (isso minha mãe já me ensinou: coagula a clara em caso de rachaduras).
  • Detalhe: o sal só deve ser adicionado depois que a água ferver, para não impedir a fervura.
  • Há três estágios de cozimento, que devem ser rigorosamente medidos no relógio:
  1. Ovos moles comidos na casca: deixar por 4 minutos na fervura; colocar imediatamente em água fria; quebrar a tampinha com uma colherinha, temperar e comer.
  2. Ovos moles comidos sem casca: deixar por 5 minutos e meio na fervura, e mais 30 segundos fora da fervura, antes de mergulhá-los em água fria; descascar e servir. Ao cortá-los, a gema deve estar cozida mas mole.
  3. Ovos duros: deixar por 11 a 12 minutos na fervura; mergulhar em água fria; descascar e comer. A gema deve estar cozida e toda amarelinha. Se ficar mais escura nas bordas é porque passou do tempo.

Ovos poché

  • Usar uma panela pequena com cabo.
  • Ferver a água com um pouco de vinagre e sem sal (descoberta número 2: o sal provoca a desintegração da clara!).
  • Quebrar o ovo num recipiente de porcelana, de preferência frio.
  • Com uma mão, inclinar a panela em 45 graus; com a outra despejar o ovo delicadamente, deixando-o deslizar pelo recipiente de porcelana já quase dentro da água (quanto menor a distância, mais inteiro ficará o ovo). Cuidado com os dedos!
  • Retirar a panela do fogo e, com as costas de uma colher, empurrar delicadamente a água em direção à clara, de modo que a clara envolva a gema, selando-a.
  • Selada a gema, mover o ovo com a colher na água quente, virando-o, até que a clara esteja cozida e a gema continue mole (testar com o dedo). Se preciso, voltar ao fogo rapidamente.
  • Retirar o ovo com uma escumadeira e colocar imediatamente em água fria. Escorrer em papel absorvente.
  • Antes de servir, usar uma concha para aquecer o ovo novamente em água fervente e sem sal. Temperar e servir. A clara deve estar firme e a gema deve escorrer ao cortar.

Ovos fritos  Los huevos de Doñana_despues

Agora é que são elas!

O processo é o mesmo do ovo poché, mas ao invés da água teremos óleo fervente. Portanto, cuidado!

  • Usar uma panela pequena com óleo até um pouco menos da metade.
  • Quebrar o ovo num recipiente de porcelana. Nada de sal.
  • Quando o óleo estiver bem quente, desligar o fogo. A temperatura estará ideal se, ao desligar, o óleo esfumaçar.
  • Com uma mão, inclinar a panela em 45 graus; com a outra, deslizar o ovo do recipiente de porcelana no lado oposto ao óleo quente (se fizer diferente vai se queimar, porque o ovo faz o óleo levantar fervura).
  • Com as costas de uma escumadeira encapada com papel alumínio, e a máxima delicadeza que conseguir, movimentar o óleo quente empurrando a clara, de modo que ela se feche em torno da gema como uma trouxinha. O segredo é segurar a clara, com a própria escumadeira, na posição em que ela deve ficar.
  • Virar o ovo no óleo quente, com a escumadeira, de modo que ele fique dourado por igual. Retirar e escorrer em papel absorvente. Temperar e servir imediatamente. Ao cortar, a gema deve estar mole e escorrer, como no ovo poché.

E ainda tem os omeletes! Mas é humanamente impossível descrever aqui o que Doñana me explicou – se é que eu entendi. Vou pedir a ela para gravar essa parte da aula na próxima vez.

E eu que passei a vida toda acreditando que cozinhar um ovo era a coisa mais fácil do mundo…

Os ovos perfeitos do Chef, por Sergi

Os ovos perfeitos do Chef, por Sergi

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UPDATE

Os ovos do Chef, quem diria, foram parar aqui.

“Anamaria: a sua deliciosa história está publicada no site da Sociedade Brasileira de Diabetes, do qual sou o editor.
Um abraço, Reginaldo.”

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Aceito, agradeço e incorporo aos anais oficiais deste modestíssimo blog a sugestão da amiga Graça Freire, ali na nota Língua de Trapo e o botão dos 40: Viramundo, O Grande Mentecapto, passa a ser o representante oficial do Botão do F… aqui em nossos domínios.

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“(…) Ai, Viramundo de minha vida (…) minha alma, alma de meu orgulho, orgulho de minha loucura, acendei uma luz no meu espírito, iluminai os desvãos do meu entendimento e mostrai-me onde se esconde esse vagabundo maravilhoso, esse meu irmão desvairado que no fundo vem a ser o melhor da minha razão de existir. Foi ele, esse iluminado de olhos cintilantes e cabelos desgrenhados, que um dia saltou dentro de mim e gritou basta! Num momento em que meu ser civilizado, bem penteado, bem vestido e ponderado dizia sim a uma injustiça. Foi ele quem amou a mulher e a colocou num pedestal e lhe ofereceu uma flor. Foi ele quem sofreu quando jovem a emoção de um desencanto, e chorou quando menino a perda de um brinquedo, debatendo-se na camisa-de-força com que tolhiam o seu protesto. Este ser engasgado, contido, subjugado pela ordem iníqua dos racionais é o verdadeiro fulcro da minha verdadeira natureza, o cerne da minha condição de homem, herói e pobre-diabo, pária, negro, judeu, índio, cigano, santo, poeta, mendigo e débil mental, Viramundo! que um dia há de rebelar-se dentro de mim, enfim liberto, poderoso na sua fragilidade, terrível na pureza da sua loucura.” (Fernando Sabino)

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Andréa

A responsável por eu ter acordado hoje mais pra lá do que pra cá chama-se Andréa Glória. A culpa é dela. Onde já se viu fazer aniversário na minha ausência? E ainda me deixar 11 dias atrás?

Andréa não é minha amiga, é minha irmã de alma. Nos conhecemos há 15 anos, na produção de Louco Por Cinema, de André Luiz Oliveira – ela produtora, eu assessora de imprensa -, e nunca mais nos largamos. É uma mulher de fibra como jamais conheci outra. Energia pura, alegria genuína, disposição total.

Anda ocupadíssima com o lançamento de Dom Hélder Câmara – o Santo Rebelde no circuito de cinema de Brasília. O documentário, de Érika Bauer, é uma das produções da Cor Filmes, que Andréa toca com mão firme e coração aberto. Está finalmente em cartaz na terra em que veio à luz – e não apenas merece como deve ser visto, pela qualidade do trabalho e pela importância do personagem.

Mas tenho certeza de que, mesmo ocupadíssima, Andréa vai mandar brasa lá na 115 Norte. Aqui de longe, só me resta mandar um presentinho virtual.

Produçãããooo!

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Hoje meu coração acordou mais para Brasília que para Barcelona…

Fiz um café, abri o Facebook e dei de cara com o trailer de Se nada mais der certo, maravilhoso filme de José Eduardo Belmonte. Rodei sem pestanejar, e mais uma vez fiquei profundamente emocionada.

Eu já tinha visto outros filmes do Zé Eduardo, mas este foi o que me arrebatou. Pela primeira vez tive a sensação de estar perto dele, embora tenhamos cruzado muitos Beirutes nos últimos 10 ou 15 anos, graças a Teca, grande amiga dos dois. Ele deve ter achado estranhíssimo quando, ao final da exibição de SNDC no Festival de Brasília, ano passado, fui até ele, emocionada, e lhe dei um abraço.

As obras de arte têm esse poder: aproximar as pessoas, por mais estranhos que sejam os mundos que elas habitam.

Se nada mais der certo está em cartaz nos cinemas brasileiros. Se ainda não viu, veja. É um filme essencial.

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