Archive for the ‘Amigos’ Category
“O Jabuti é nosso!!!”
Posted in A vida como ela é, Amigos, Brasil Brasileiro, Diversão & Arte, Eu, tu, eles, Jornalismo, Literatura on 01/10/2010| 2 Comments »
Foi assim que chegou na minha caixa postal:
“Quero agradecer as rezas, as novenas, as correntes de oração, os despachos, os dedos cruzados, as energias positivas, as torcidas atéias e agnósticas. Quero agradecer a todos vocês, que me honram com seu tempo, sua atenção, seu carinho. Sem vocês, meus queridos macroleitores, o que seria deste microescritor? Então, faço questão de dizer bem alto: “O JABUTI É NOSSO!!!
Valeu, gente!
José Rezende Jr.”
.
Como assim, ganhar o Jabuti concorrendo com Milton Hatoum (A Cidade Ilhada), Moacyr Scliar (Histórias que os jornais não contam), Roberto Damatta (Crônicas da Vida e da Morte)?
Só o Rezende mesmo! Com Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras histórias de amor), esse mineirinho simpático e surpreendente arrebatou o maior prêmio da literatura brasileira na categoria Contos e Crônicas.
Que ele é um grande jornalista, eu já sabia há muito tempo. Mas que é um grande escritor, descobri faz alguns meses, quando esbarrei por acaso no site do Rezende, baixei um de seus livros e não consegui mais parar de ler!
O resultado completo da 52a. edição do Prêmio Jabuti está aqui. O nome do Rezende está nesta lista aqui.
E eu estou feliz demais da conta!
Parabéns, Rezende! Que o Jabuti leve suas histórias até os confins desse mundão!
Se tem hóspede, tem bolo!
Posted in Amigos, Brasil Brasileiro, Cozinha, Eu, tu, eles, Receitas on 12/09/2010| 5 Comments »
Eu não preciso de muito pretexto para fazer um bolo – mas preciso de gente disposta a me ajudar a acabar com ele.
Hoje pela manhã, antes de sair para aproveitar o que pode ter sido meu último domingo de praia neste verão, me dei conta de que já estava chegando ao fim a curta temporada de Renato e Raphael aqui em casa. Prometi um bolo para a volta. E cumpri.
Acho que eles gostaram. Se não gostaram, eles mentem muito bem!
BOLO DE AIPIM COM COCO DA ANA
Ingredientes:
- 4 ovos (claras em neve)
- 2 ½ xícaras de açúcar
- 4 colheres (sopa) de manteiga
- 1 xícara de farinha de trigo
- 2 xícaras de mandioca crua ralada (ralo grosso)
- 1 pitada de sal
- ½ vidro pequeno de leite de coco
- 1 xícara de leite
- 100 gramas de coco ralado
- 1 colher (sopa) de pó Royal
Preparo:
- Pré-aqueça o forno a 200 graus.
- Unte uma assadeira retangular grande (ou 24 forminhas individuais) com manteiga e farinha de trigo.
- Misture o leite ao leite de coco e divida em duas partes iguais. Com uma parte, umedeça o coco ralado. Reserve a outra metade.
- Bata a manteiga com o açúcar, acrescente as gemas e bata até misturar bem.
- Junte a farinha de trigo peneirada com uma pitada de sal e continue misturando com a colher de pau até incorporá-la à massa.
- Acrescente o coco umedecido e a mandioca ralada e mescle totalmente.
- Dissolva o pó Royal no restante do leite e junte à massa com delicadeza até mesclar completamente.
- Por fim, junte as claras em neve muito delicadamente, incorporando-as à massa com uma espátula tipo pão-duro, em movimentos circulares de baixo para cima, de forma a não se desfazerem as bolhinhas de ar. Este é o segredo da leveza do bolo.
- Leve imediatamente ao forno, sem abrir a tampa até que a superfície do bolo esteja dourada.
- O bolo estará assado quando começar a espalhar aquele cheiro bom pela casa – mas para ter certeza faça o teste do palito, que dispensa explicações.
- Deixe esfriar e sirva com aquele cafezinho passado na hora..
Mochilinha: No ninho de DALI
Posted in Amigos, Costa Brava, Diversão & Arte, Espanha, Estrada, Eu, tu, eles, Europa, Fotografia, Mediterrâneo, Mochilinha, Paisagens Urbanas, Séries, Vacaciones, Verão on 10/09/2010| 2 Comments »
Se eu tivesse que dizer em uma palavra como ficou marcada em minha retina a breve passagem por Cadaqués, esta palavra seria LUZ. Desde a brancura das casas ao brilho do sol nas águas do fim da tarde, tudo na cidade onde Salvador Dali viveu (e dizem que ali também enlouqueceu) irradia luminosidade.
Cadaqués é um pueblo pesqueiro quase no fim da Costa Brava, hoje transformado em destino de turistas descolados, que abriga lojinhas e ateliês charmosíssimos, em total sintonia com as ruas estreitas de pedra sobre pedra.
Atração à parte em nossa passagem foi o Fusca descapotable (adoro esta palavra!) preparado para receber os noivos que saíam da igrejinha em frente, lá no alto de uma montanha de pedra.
Mas a grande atração da cidade é a Casa de Dali, transformada em museu, em Portlligat, a poucos quilômetros do centro, “assinada” com os inconfundíveis huevos do artista sobre o telhado.
Chegamos sem tempo hábil para visitar o museu, mas isso não nos impediu de curtir a bela paisagem do fim da tarde.
Mais cedo, poderíamos ter dado uma volta no barco Gala, o amarelo aí de cima, mas nos contentamos em apreciar em terra firme a arquitetura das casas da região, especializada em disfarçar as construções nos paredões de pedra.
Antes de o sol se esconder de todo, subimos a serra cruzando os olivais em direção a Figueres, esta sim a cidade de Dali, onde ele nasceu e para onde voltou com pompa e circunstância.
Escolheu nada menos que um antigo e suntuoso teatro para instalar seu museu (no qual também não entramos desta vez), e instalou no alto das torres uma impressionante coleção de ovos.
Dizem que os relevos que decoram as paredes externas do museu são simpáticos cocozinhos dalinianos. Não consegui checar a informação, mas – por si acaso – Tomás não perdeu a chance de fazer uma palhaçada.
E aqui termina a temporada de verão, com um vento fresco já anunciando que o outono vem aí e me lembrando de que está chegando a hora de voltar ao meu querido Patropi.
.
Mochilinha – PORTBOU: na fronteira do encantamento
Posted in Amigos, Costa Brava, Diversão & Arte, Espanha, Estrada, Eu, tu, eles, Europa, Fotografia, Mediterrâneo, Mochilinha, Paisagens Urbanas, Séries, Vacaciones, Verão on 08/09/2010| 3 Comments »
Desta vez não tive como escapar de Portbou. Estava bem ali, a 15 minutos de carro de Llançà, na fronteira com a França, e Tomás queria ir àquela praia que tem uma plataforma flutuante bem no meio da água.
Pedro já tinha me avisado que eu ia adorar. E adorei! A começar pelo caminho, uma descoberta a cada curva, um novo horizonte em cada mirante.
Fiquei tão passada que desandei a fotografar e filmar, e quase esqueci que eu só tinha levado a nova Cyber-shot fúcsia (!), com UM cartão e UMA bateria (a Nikon de responsa está temporariamente aposentada, até eu voltar ao Brasil e submeter sua lente a uma bela faxina).
Mas com a Cyber-shot, como sempre, a gente faz qualquer negócio – e nada mais apropriado a uma turnê “mochilinha” que uma “câmerazinha”, não é mesmo?
Depois de uma praiazinha de água gelada, fomos buscar um de-comer ali na Rambla de Cataluña. Foi lá que uma senhorinha muito simpática, ao me ver fotografando, disse:
– É muito bonito, não acha? Você precisa ver no outono. Ano passado teve um vento tão forte que todas as folhas caíram, e o chão ficou coberto por um lindo tapete esverdeado. Eu, que vivo aqui há 73 anos, nunca tinha visto nada igual!
Achamos o de-comer e o de-beber, uma sangria sanguínea, refrescante e deliciosa. Fiquei com pena do Tomás, que teve que se contentar com uma Fanta Laranja…
Na noite anterior, tínhamos visitado Portbou rapidamente, e fomos surpreendidos por gigantescos grafites com figuras femininas espalhados pela cidade. Não consegui saber a que se devem, mas achei o máximo!
Aliás, o máximo é a cidade inteira, desde a vista lá de cima até a estação de trem, sem esquecer, é claro, do azul profundo do céu em noite de poucas luzes.
Pedro tinha razão: Portbou é imperdível! Ainda bem que deu tempo.
Mochilinha – CARCASSONNE: viagem à Idade Média
Posted in Amigos, Diversão & Arte, Estrada, Eu, tu, eles, Europa, Fotografia, História, Mochilinha, Paisagens Urbanas, Séries, Vacaciones, Verão on 07/09/2010| 3 Comments »
A previsão do tempo indicava uma quinta-feira chuvosa em Llançà, então cedemos – sem nenhum sacrifício – ao desejo da Angélica de ir à França. Duas horas de carro e estávamos em Carcassonne, uma cidade medieval totalmente preservada, com muralha e tudo, e lá dentro um castelo com direito a fosso de crocodilos.
A cidade medieval foi transformada num shopping center a céu aberto: não se paga para entrar, mas a quantidade de tentações para deixar ali o saldo do cartão de crédito é incrível!
É assim em vários lugares de valor histórico por onde passei nessas andanças: os recursos para a preservação do sítio são obtidos por meio do comércio de seus espaços, de forma ordenada e consciente.
Não me agrada especialmente, mas entre um shopping medieval e não poder visitar Carcassonne, eu saco meu Mastercard.
Cada vez mais sinto que o velho e o novo estão condenados a viver lado a lado, como aquele ponto de intersecção entre as estações, o verão terminando, o outono começando…
E, no fim de cada estrada, longa ou curta, descubro no passado que o futuro está logo ali, é só abrir os olhos e estender a mão.
Pues que venga!